quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE

O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) é uma ação concreta dessa política. Inaugurado em julho de 1998, em Fortaleza, o CCBNB, já se firmou no cenário cultural da Região como um espaço onde é permitido experimentar a diversidade de conceitos, estilos e suportes, oferecidos em sua programação. Isto significa trabalhar cada Programa relacionando-o a um contexto mais amplo, estabelecendo pontes entre saberes e transformando-se em um lugar de encontro dos vários públicos para refletir sobre nossa cultura.

Localizado no centro da cidade de Fortaleza, ocupa quatro andares equipados com salões de exposições temporárias, teatro multifuncional, auditório, biblioteca física e com acesso a Internet. O CCBNB oferece a seus visitantes uma variada programação diária e gratuita, enquanto dedica-se a formar um público crítico.

Tendo como princípio que uma ação cultural efetiva é resultado do diálogo com os artistas, com as comunidades e público em geral, o Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza trabalha sua programação a partir de um edital anual onde recebe propostas de artistas nas áreas de cinema, artes visuais, música, teatro, literatura, atividades infantis. Assim, o CCBNB compartilha as responsabilidades de sua programação, aliado a parcerias com entidades e outros espaços culturais da Região Nordeste.

CENTRO DE ARTE E CULTURA DRAGÃO DO MAR

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é uma infra-estrutura completa para o exercício do lazer e da arte, objetivando democratizar o acesso à cultura e movimentar o mercado turístico cearense.
Rodeado por alguns dos melhores bares e boates de Fortaleza, é sempre uma boa alternativa para a noite, com uma programação diferente do cenário atual da cidade.
Cinema, museu, feira de artesanatos, arte, teatro, bares, boates, tudo isso você encontra aqui.

OS MELHORES POINTS DE FORTALEZA

ÓRBITA BAR - Há 11 anos, com filas que ainda rodam o quarteirão, o Órbita Bar é a melhor balada de Fortaleza. De quinta à domingo a casa apresenta excelentes bandas e tem como residentes os mais renomados DJs da cidade......fomentando a cena local autoral e promovendo shows de bandas locais e de projeção nacional como: Móveis Coloniais de Acajú, O Teatro Mágico, Dead Fish, Paulinho Moska, Mombojó, entre outros......tudo isso , acontece num ambiente descontraído com mesas de sinuca e serviço inovador, diferenciado por parte dos flair-bartenders, num bar que já se tornou referência nacional de mercado......O espaço é ainda aberto a todas as manifestações artísticas (teatro, exposições, shows, performances) mostrando o espírito da melhor casa noturna de Fortaleza.

NEVILTON - UMUARAMA (PARANÁ)

Destaque em revistas como a "Rolling Stone Brasil" e "Bravo!", a banda que veio do interior do Paraná (das esquinas de Umuarama) e que tem o nome do seu líder, Nevilton Alencar (guitarra e vocal), coleciona fãs e críticas positivas. Junto de Tiago Lobão (contrabaixo e uivos frenéticos) e Éder Chapolla (recém chegado na bateria), Nevilton Alencar tem empolgado o público com um rock diferente e despretensioso. E surpreendente.
E mesmo com títulos de "revelação do rock nacional", e "2º melhor show de 2009", os caras mantém a simplicidade do início. Seria esse o segredo, além da produção caprichada das músicas?
Agora, após 3 anos de estrada e algumas gravações soltas, o trio lança o EP (por enquanto virtual) "Pressuposto", gravado no estúdio da banda, o "Sombrero" e lançado através de um projeto chamado Compacto.Rec.
São cinco músicas, incluindo a faixa-título "Pressuposto" e a excelente "O Morno", que traz uma abordagem muito bacana das pessoas que querem que suas vidas mudem, mas não movem uma palha pra isso acontecer. Como a maioria de nós faz isso, a música tem tudo pra ser um bom hino da nossa geração.
Quase um pregador dos bons sentimentos como amizade e postividade, Nevilton segue fazendo a divulgação do EP por rádios, bares e por ouvidos que há tempos esperavam uma banda tão viciante e com um pique tão bacana.

GAROTAS SUECAS - SÃO PAULO

Garotas Suecas" é uma banda de indie rock paulistana, formada em 2005.
E não, não é formado por lindas garotas suecas; pelo menos não exatamente. É formada por cinco caras e uma garota, mais precisamente: Guilherme Saldanha (vocal e gaita), Tomaz Paoliello (guitarra e vocal), Irina Bertolucci (teclado, harmônio e pandeirola), Perdido (baixo e vocal), Antonio Paoliello (bateria e vocal) e Sergio Sayeg (guitarra).
A banda teve um maior reconhecimento após vencer o VMB na categoria "Aposta MTV" em 2008, e este ano foi indicada como banda revelação.
Com um rock divertido e despretensioso, Garotas Suecas transita freneticamente entre o rock'n'roll clássico da década de 70, passando pelo Tropicalismo, e com uma leve pitada do indie rock contemporâneo. Recomendado!

BANDAS QUE VALEM Á PENA

AUTORAMAS - Formada em 1997 por Gabriel Thomaz, ex-Little Quail, Bacalhau, ex-Planet Hemp, e Simone, ex-Dash (não mais na banda) o Autoramas é responsável por canções curtas, energéticas e que abordam temas dos mais simples possíveis, ou seja, música pra pura diversão, uma fusão de Rockabilly e Jovem Guarda. "Stress,Depressão & Síndrome do Pânico" é a estréia da banda, antes já tinham lançado uma demo e um single, lançado pela Astronauta Discos. Rapidinho se tornaram figurinhas carimbadas do underground brasileiro, conseguindo em alguns momentos atingir um público maior, caso de 'Fale Mal de Mim' e 'Carinha Triste', hits da banda.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BANDA O SONSO - FORTALEZA

Liderada pelo irreverente vocalista e letrista Daniel Groove, a banda O Sonso apresenta canções que integram, na mesma sonoridade, o rock e a canção romântica brasileira, chamada de brega, mas que a banda valoriza e ressignifica, numa obra inovadora, para fazer dançar, cantar e se emocionar. De letras fortes, potencializadas pela performance do vocalista, O Sonso veio para atingir o grande público, com a pretensão única de fazer boa música bebendo em todas as fontes.

A proposta sonora de integrar a canção romântica brasileira com a força do rock fica evidente nos arranjos sugeridos pelos teclados quase psicodélicos de Joo Frenkiel. A noção do tempo fica diluída, sintetizada a uma “ideia na cabeça, poeira na cabeça e um poema pra você” – e fica para o ouvinte essa oferta subjetiva, perceptível nos instantes da audição do CD, gravado no Estúdio Tribal, em São Paulo, com produção de Junior Meira, e que será lançado em maio de 2010.

Nas apresentações ao vivo, a performance de Daniel Groove é marcante – ele fala com o público, diverte-o e conta histórias, mantendo a vibração do show em altíssima frequencia. Daniel não tem medo de olhar nos olhos das pessoas e transmitir, por eles, pelas entoações vocais e pelos gestos, toda energia poderosa que emana das canções: Daniel é o amplificador físico das emoções que correm no palco e nos arranjos.

BANDA O JARDIM DAS HORAS - FORTALEZA

Com sua fusão de música moderna eletrônica e raízes da música brasileira, a banda O Jardim das Horas se tornou uma das mais interessantes do circuito indie do Ceará. O grupo, radicado em São Paulo há alguns anos, depois de divulgar sua música com demos e EP’s e de trocar o nome de “O Quarto das Cinzas” para o título atual, lançou seu primeiro cd na virada do ano. Hoje ele se destaca no cenário independente com um som sem formas ou tendências, e que causa “sensações, visualizações, concentração mental, introspecção e reflexão”. Nos shows, o grupo mescla a música com outras liguagens, como dança, poesia, projeções e objetos cênicos.

BANDA CIDADÃO INSTIGADO - FORTALEZA

Criada em 1994[1] e liderada por Fernando Catatau, também compositor e arranjador de todas as músicas da banda,[2] o Cidadão Instigado faz um rock influenciado pela música nordestina e pelo rock dos anos 1970, além da música romântica "brega" brasileira - o que se evidencia pelo tom muitas vezes melancólico das canções.

O primeiro álbum da banda foi gravado no ano de 2002, intitulado O Ciclo da De.Cadência. Três anos mais tarde, foi lançado O Método Túfo de Experiências.[3]

Em setembro de 2009, a banda lançou o álbum UHUUU!, que contou com a participação de Arnaldo Antunes (cujo álbum "Iê Iê Iê" foi produzido por Fernando Catatau)[4] nas canções "Doido" e "O Cabeção" e de Edgard Scandurra na faixa "Dói".[5] O projeto UHUUU!, produzido pela própria banda, foi um dos vencedores do Prêmio Pixinguinha e contou com o patrocínio da Funarte.[6]
[editar] Integrantes

* Fernando Catatau - guitarra e voz
* Regis Damasceno - guitarra, violão e voz
* Rian Batista - baixo e voz
* Dustan Gallas - teclado
* Clayton Martin - bateria

Discografia


* 1994 - EP
* 2002 - O Ciclo da Decadência - Selo Instituto[7]
* 2005 - Cidadão Instigado e o Método Túfo de Experiências
* 2009 - UHUUU!

OS NOVOS PSICODÉLICOS

A volta dos psicodélicos faz sentido?

O cabeção vai invadir o mundo/e tomar posse de todas as coisas surreais/ todos os mapas já estão sendo traçados na parte de cima da sua testa/pois lá ele tem espaço para 37 mundos e uns poucos mais, canta o músico cearense Fernando Catatau em “O cabeção”, faixa do disco Uhuuu!, último lançado por sua banda, Cidadão Instigado. A melodia tortuosa e espacial é cortada abruptamente por vocais agudos de Catatau e falas graves de Arnaldo Antunes. “A imaginação é importante”, diz Catatau. “Gosto de fazer música que caminha para um outro lado.”

Letra, arranjos, efeitos, atitude: tudo lembra as experimentações musicais dos anos 60. O resultado, no entanto, não tem nada de retrô: Uhuuu! é um dos mais vibrantes e inovadores discos da produção nacional recente. Como ele, ao menos nove outros álbuns lançados no último ano revivem com novos tons as cores “viajantes” daquela época. Catatau e sua Cidadão Instigado fazem parte de um grupo celebrado de artistas jovens (entre eles as bandas MGMT, Yeasayer, Animal Collective e a cantora Cibelle) que se aproxima da psicodelia para fazer música contemporânea. Eles são discípulos de uma produção específica de bandas como Jefferson Airplane, Pink Floyd, Beatles, Os Mutantes, The Doors, The Beach Boys. Com estilos diversos, o que unia esses grupos era a tentativa de imprimir em seus discos o impacto das experiências vividas sob o efeito de substâncias alucinógenas como o LSD.

Não que as drogas fossem um ingrediente essencial. A boa música psicodélica dos anos 60 nunca dependeu, em seu momento de criação, da euforia artificial das drogas. Durante os dois anos em que produziu o livro The Doors por The Doors, uma biografia da banda de Jim Morrison feita a partir de depoimentos dos quatro integrantes, o jornalista americano Ben Fong-Torres desmistificou a pecha de “doidões” do grupo. “Foi surpreendente descobrir como eles eram sérios em relação à música”, afirma. “Eram muito meticulosos ao construir suas canções.” O pioneiro da restrita cena psicodélica brasileira dos anos 60, o músico e hoje apresentador Ronnie Von, também desmente essa impressão. “Gravava de ‘cara limpa’, como se dizia na época. Sem tomar nenhuma droga.” Ronnie Von descobriu a psicodelia em discos que seu pai, diplomata em Londres, trazia para o Brasil. Foi ele quem batizou a banda Os Mutantes – um marco na psicodelia mundial, formada por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias –, que no início o acompanhou em seus álbuns psicodélicos. “A psicodelia está mais para um momento de irracionalidade. No meu caso, tentei levar a experiência visual de quadros surrealistas de Magritte e Dalí para a música.”

Passadas mais de três décadas, as drogas também não têm influência decisiva para os novos psicodélicos. A maioria afirma não usar desse artifício para criar. O que restou para eles foi a essência desse modo libertário de pensar o mundo e de compor e executar canções. “A música de hoje é toda feita de revivals”, diz o crítico musical Camilo Rocha. “É como se houvesse um supermercado de referências. A psicodelia é mais uma delas.”

Por ser um gênero abrangente e de definição difícil, a música psicodélica parece ter sua própria lojinha para vender seu legado multicolorido. Para Camilo Rocha, o ponto principal do novo movimento é a reapropriação da estética “viajante” a partir das novas possibilidades técnicas. “A psicodelia depende muito de efeitos sonoros em estúdio que antigamente eram feitos de maneira primitiva”, diz. “Hoje tudo está disponível, é muito mais fácil.”


Época

BANDA SELVAGENS À PROCURA DA LEI

SELVAGENS À PROCURA DE LEI
Trata-se de uma banda surgida em 2009 em Fortaleza, Ceará. Eles fazem músicas no estilo de Rock Alternativo, variando entre o Pop-Rock, Surf Music e Punk. De cara a banda surpreendeu o nosso pelo profissionalismo e pelo belo trabalho apresentado. Eles foram recentemente apontados como destaque no site Trama Virtual e acabam de lançar seu primeiro álbum oficial, que pode ser baixado pelo Site MIOJO INDIE. entrevista, baixem o disco e conheçam mais sobre essa boa surpresa na música brasileira.Para que gosta de The Strokes,Arctic Monkeys e Vivendo do Ócio.





Quando ouvi pela primeira vez a banda "Selvagens à Procura de Lei" (SAPDL), fiquei surpreso e, ao mesmo tempo, com um sorriso de canto de boca como quem diz "esses caras são bons". A banda, oriunda de Fortaleza, Ceará, foi formada em 2009 por Rafael Martins (voz e guitarra), Nicholas Magalhães (bateria), Rodrigo Brasil (baixo), Gabriel Aragão (voz e guitarra), e desde então vem lutando por um lugar ao sol.

Logo de cara, a banda consegue mostrar as garras, sem deixar escapar de qual fonte eles beberam para tornear o seu som. Em "Doce Amargo" e posteriormente em "Patrícia Narcisista", a banda destila uma deliciosa essência com gosto de Strokes, tudo no mais puro português, em refrões que prometem não deixar ninguém parado nas apresentações ao vivo.

Os temas abordados pela banda são outro motivo de tietagem, são letras que ilustram vicissitudes de nosso dia-a-dia como patricinhas, mauricinhos, amor, rivalidade e etc, certamente vão chamar a atenção de quem estiver ouvindo o som da banda, por se tratar de assuntos próximos de nossa realidade. Na primeira audição de "Acidentes acontecem", por exemplo, já é possível sair cantando "...vou te levar daqui...", a canção em voga, aliás, é uma gostosa viagem pop que beira ao que os Los Hermanos fizeram no comecinho de carreira, só que nesse caso, com uma levada atualizada, muito mais bacana do que a nossa geração pop têm feito atualmente.

Outro ponto interessantíssimo no som dos Cearenses é forma imprevisível na qual eles conduzem o andamento das canções. Em "Reis de São Paulo", por exemplo, a banda faz um misto bastante peculiar que envolve na mesma salada The Who, punk e new wave, em um andamento bem longe do lugar comum.

A única pena sobre essa análise, é que a audição passa em um pestanejar, mesmo com as canções passando sempre dos três minutos, e as cinco músicas que compôem esse EP deixam um gostinho de quero mais, aumentando exponencialmente a ansiedade de quem provou esse aperitivo por um álbum completo do SAPDL. Que esse álbum venha logo!

EP - Selvagens a Procura da Lei

01 - Doce Amargo
02 - Patrícia Narcisista
03 - Acidentes Acontecem
04 - Reis de São Paulo
05 - Madaceda





Entrevista

GM: Vocês já devem ter respondido muito essa pergunta, mas lá vai, de onde veio o nome da banda?

SAPDL: No início por uma mistura entre o refrão de "Tempo Perdido" da Legião, e o música “Selvagem?”do álbum homônimo dos Paralamas. Então decidi ter uma banda com o nome Os Selvagens. De início pra chocar mesmo, porém mais tarde vi que o nome Selvagens não transmitia uma idéia completa. Quem lia o nosso nome, mas não nos via ao vivo, tinha outros pensamentos sobre a banda e em vez de chocar, desestimulava. Foi apenas no primeiro semestre da faculdade que juntei o “à Procura de Lei” e tirei o “Os” do nosso nome. O significado do nome “Selvagens à Procura de Lei” veio talvez da influência do nonsense dos anos 2000 com bandas como Queens of the Stone Age. Foi um professor de sociologia que, ao fazer uma metáfora sobre a condição humana, citou o termo pela primeira vez para mim, algo como “somos todos selvagens à procura da lei, do direito”. Hoje o nosso nome representa uma banda ao mesmo tempo séria e jovem, não tão desleixada, mas irônica. É isso.

GM: Quais as principais referências musicais da banda?

SAPDL: Rock Brasileiro dos anos 80: as letras da Legião, o som do Barão/Cazuza e a atitude dos Paralamas. Atualmente: Los Hermanos e Cidadão Instigado. Rock Internacional: The Libertines, White Stripes, Arctic Monkeys e The Strokes. Clássicos: Sex Pistols, Beatles, Beastie Boys, Nirvana, Television. BRock e Rock ingles. Rage Against the Machine, John Frusciante, Sonic Youth, Pink Floyd, Jamiroquai... são muitas coisas, mas no momento tem um som bem bacana que estou escutando, Rubinho e força bruta! Maroon 5, Jamiroquai, Foo Fighters

GM: As canções da banda remetem ao cotidiano, essas canções são sobre fatos reais?

SAPDL: Sim. Pra mim, é muito difícil compor sobre temas que você não vivenciou ou que pelo menos ouviu falar de um jeito que te tocou de alguma forma. Patrícia Narcisista é sobre as meninas que pintam uma imagem alternativa-intelectual-paz-e-amor quando na verdade são extremamente mimadas, e costumam freqüentar o Dragão do Mar (uma espécie de Lapa de Fortaleza) com o nariz empinado. Madaceda fala sobre um playboy da cidade grande no meio de uma festa. Reis de São Paulo não fala especificamente sobre a cidade de São Paulo, mas sobre os "teddy boys" modernos que freqüentam tanto a Rua São Paulo (em Fortaleza) quanto a referida cidade do sudeste brasileiro. Doce/Amargo é uma história de um erro, uma relação que, na verdade nunca daria certo entre duas pessoas, um engano comum para hoje em dia, quase todo mundo já passou por isso. Acidentes Acontecem é a história de um antigo amor onde fica a dúvida se deveria ter se acabado ou não.

GM: A recepção do EP por parte do público e crítica teve o efeito esperado por vocês?

SAPDL: Está tendo um efeito muito bom. A gente sempre pode sonhar, mas ver as coisas acontecerem no mundo real vale todo o esforço. Uma recompensa pra continuar acreditando e seguir em frente com força, sempre.

GM: O que mais surpreendeu?

SAPDL: O fato de todos estarem gostando. As pessoas elogiaram muito nossas letras, sinal de que não estamos falando besteiras ou mais do mesmo. Agora somos destaque pela Trama Virtual e alguns Blogs falam muito bem da gente. Mal podemos esperar para lançar o próximo EP.

GM: Alguma coisa por enquanto não saiu como o esperado?

SAPDL: Achamos que tudo tem o seu tempo. Queremos poder contar com uma gravadora ou um selo, lançar nosso primeiro álbum. Fazer shows pelo Brasil e pelo restante do Nordeste. E entrar no circuito de festivais independentes.

GM: Quais são os próximos passos da banda?

SAPDL: Estamos em fase de pré-produção do nosso segundo EP. O título, a idéia para a capa, as composições e os arranjos estão prontos. Vamos, em breve, agendar as datas de gravação e distribuir as músicas pelos meios de comunicação. Esperamos que tudo esteja finalizado ate maio. Fazer shows pelo Brasil e pelo restante do Nordeste a partir de junho. E entrar no circuito de festivais independentes desde já.

GM: A banda já tem as metas e objetivos traçados? Quais são?

SAPDL: Bom, queremos continuar compondo nossas músicas e lançando nosso trabalho e, para que isso possa atingir o maior número de pessoas, pretendemos fechar um contrato com alguma gravadora com espírito para a humanidade e os negócios dentro do mundo da música. SLAP (Som Livre), Trama Virtual, Deckdisc, Monstro Discos.

GM: E a cena musical do nordeste, como vocês a enxergam no momento?

SAPDL: Em Fortaleza existe uma cena que o Brasil ainda não descobriu. Muitas pessoas acham estranho a nossa origem. Mas basta citar que bandas como Monophone, Telerama, Funeral For Elephants, Banda Desenhada e Café Colômbia são da terra e são ótimos. Aqui a gente tem essa frase “Seja original, Tenha uma banda autoral”. Recife é perfeito musicalmente falando, eles tem uma espécie de auto-inspiração. Em Salvador, temos o Vivendo do Ócio. Em Natal temos o Centro Cultural do Sol. Em João Pessoa temos os Reis da Cocada Preta e a banda Nublado.

GM: Que público vocês esperam atingir?

SAPDL: A nossa geração como um todo. Não somos tão alternativos para andarmos sempre no circuito underground nem tão pops para sermos os mais adorados das rádios que buscam a todo custo o próximo possível hit. E além disso, para a musica não existe idade, a idéia geral da banda é passar algumas mensagens, onde muitas pessoas possam se identificar com o que queremos dizer. queremos atingir das crianças aos velhinhos de bengala!

GM: O Galeria gostaria de parabenizar a banda e de desejar muito sucesso!

SAPDL: Nós que agradecemos a oportunidade e o espaço que nos foi oferecidos, e desde já dar os parabéns ao GaleriaMusical pelo grande trabalho de revelar bandas no momento sem imagem publicitária no Brasil.

ROCK MADE IN CEARÁ

Plastique Noir (em português: Plástico Negro) é uma banda cearense de rock gótico, post-punk e darkwave formada em 2005.
Biografia

A banda foi fundada em 2005 na cidade de Fortaleza por Airton, Danyel, Márcio e Max (que foi baixista da primeira banda gótica de Fortaleza, a Dust to Dust/Rebel Rockets), com um estilo caracterizado por um gótico pós-punk com batidas que chegam a ser eletrônicas além da voz forte de Airton. Ainda em 2006, a banda foi incluída na programação da rádio gótica The MaoZoleuM Radio.

Em 2007, a banda foi convidada a participar do maior festival gótico do mundo, o Wave Gotik Treffen, mas recusou o convite. No mesmo ano, a banda teve uma canção incluída na coletânea "Retratos Subterrâneos", que reuniu muitos dos maiores nomes da música Gothic/Dark brasileira. Em 2008, a banda tocou no Festival DoSol.

Em 2010, a banda participou da 18ª edição do festival Abril Pro Rock.

O grupo atualmente goza de reconhecimento fora do Brasil, tendo participado de algumas coletâneas estrangeiras.
Membros
Integrantes atuais

* Airton S. - vocalista
* Danyel A. - baixista, tecladista e violonista
* Márcio Mäzela - guitarrista

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

LOBÃO SE RECUSA A PARTICIPAR DO LOLLAPALOOZA

Lobão deixou claro que não concorda com as organizações dos grandes festivais que têm acontecido no Brasil atualmente. O músico gravou um vídeo em que diz ter se recusado a participar do Lollapalooza, que será em abril de 2012 em São Paulo, por não concordar com os horários destinados aos brasileiros.

"Queria não tocar das duas às três da tarde. Tipo, ou pega isso ou larga e vai embora, sem a menor consideração”, explicou, dizendo que não participou do SWU pelo mesmo motivo.

Lobão ainda fez um apelo para a classe artística, lembrando que por lei os festivais têm de ter atrações nacionais: “Faço uma convocação de interesse público para que meus colegas não façam essa participação. Se não tiver atração brasileira não pode ter festival”. Veja aqui o vídeo!

Já na manhã desta segunda-feira (21), os organizadores do festival divulgaram, uma entrevista coletiva, que a informação de Lobão não era verdadeira e que os artistas nacionais serão distribuídos por todos os horários.

“Isso é realmente muito grave!!!! Eles estão mentindo descaradamente!!! Falei com o representante oficial do festival na quinta-feira... Com carta de intenção assinada e tudo!!!! Isso não vai ficar assim!!! Estão me tratando como um moleque!!!!! É inacreditável o cinismo e o descarate desses caras!”, prontamente rebateu o cantor pelo Twitter. Xiii...

FESTIVAL LOLLAPALOOZA

A primeira versão brasileira do Lollapalooza já tem suas atrações definidas. Os organizadores divulgaram oficialmente nesta segunda-feira (21) a programação do festival, que contará com a banda americana FOO FIGHTERS, liderada pelo vocalista Dave Grohl, e o grupo britânico ARCTIC MONKEYS como atrações principais.

O festival, que acontece nos dias 7 e 8 de abril de 2012, no Jockey Club, em São Paulo, trará ainda bandas como a MGMT, TV on The Radio, Calvin Harris, Cage The Elephant, Band of Horses, Joan Jett and The Blackhearts, Foster the People, Friendly Fires, Gogol Bordello, Peaches, Tinie Tempah e Crystal Method. Entre os nomes nacionais estão confirmados O Rappa, Plebe Rude, Wander Wildner, Pavilhão Nove, Marcelo Nova e Garage Fuzz.

A venda dos ingressos para o público em geral começa no dia 5 ou 6 de dezembro e os preços dessas entradas ainda não foram definidos. Já a pré-venda, para aqueles que se cadastraram no site do Lollapalooza, inicia na próxima terça-feira (22). O valor dos ingressos para os dois dias é de R$ 500, ou R$250 a meia-entrada para estudantes. Cada cadastrado pode comprar até dois ingressos.

O Lollapalooza foi idealizado por Perry Farrell no início dos anos 1990 nos Estados Unidos. O fundador da banda de rock alternativo Jane’s Addiction planejava sua despedida dos palcos de sua banda mas acabou promovendo o festival, que atualmente é um dos eventos musicais mais importantes do planeta. Confira na próxima página a lista completa das atrações do Lollapalooza!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

OS MELHORES ÁLBUNS IBERO-AMERICANOS DA DÉCADA

Babasonicos, com Jessico, lidera lista dos 25 ibero-americanos

Da Redação

O mundo da música ibero-americana ainda é um mistério para a maioria dos ouvintes, mesmo com o advento da internet, que facilitou o acesso à produção mundial. Ainda vivemos sob a ditadura do “padrão Miami”, fruto da antiga relação colonial, que entope os ouvidos nacionais de lixo industrial, afastando as pessoas da verdadeira produção cultural dos diversos países. Com o Governo Lula, o Brasil começou a alterar essa relação, em todos os terrenos, impondo-se de maneira soberana e independente, o que se espera também promova a integração regional.

A presente lista é resultado de um processo iniciado pelo portal Senhor F desde sua origem, em 1998, pautado pela divulgação da música da região, com sucesso entre seus leitores. Hoje, com o programa Senhor F Sem Fronteira na Rádio Câmara, que ultrapassou 100 edições, e com a realização do festival El Mapa de Todos, ampliamos nossa plataforma de conexão com a música da maioria dos países. Já não trazemos em nossas páginas apenas a história e os clássicos, como no início de Senhor F, mas também as novas bandas surgidas dentro do atual padrão de produção & divulgação.

Evidentemente, como qualquer lista, a seleção traz a nossa visão particular, ainda com ótica brasileira, da música produzida em vários países da América do Sul, Espanha, México e Portugal. Entre os 25 destacados, estão artistas consagrados como a mexicana Café Tacuba, revelações nacionais como a argentina El Mato a Un Policia Motorizado, e outsiders independentes como o português Azevedo Silva. Esperamos que a lista contribua para, pelo menos, introduzir os ouvintes nesse rico mundo, mais criativo, mais colorido e mais feliz do que a maioria da produção dos países centrais.

01.Babasonicos - Jessico (Argentina)
02.El Mato a Un Policia Motorizado - Um Millon de Euros (+ Navidad de Reserva & Dia de Los Muertos)(Argentina)
03.Turbopotamos - ST (Peru)
04.Instituto Mexicano del Sonido - Piñata (México)
05.Sr. Chinarro – Ronroneando (Espanha)
06.Los Bunkers - La Culpa (Chile)
07.Lisandro Aristimuño - Azules Turquesas (Argentina)
08.Los Planetas - La Leyenda del Espacio (Espanha)
09.Buenos Muchachos - Amanecer Búho (Uruguai)
10.Bareto - Cumbia (Peru)
11.Flopa, Manza, Minimal - ST (Argentina)
12.Gabo Ferro - Boca Arriba (Argentina)
13.San Pascualito Rey - Deshabitado (México)
14.Nacho Vegas - Desaparezca Aqui (Espanha)
15.Puerto Candelaria - Llegó la Banda (Colômbia)
16.Julieta Venegas - Sí (México)
17.Bomba Estéreo - Vol. 1 (Colômbia)
18.Cafe Tacuba - Cuatro Caminos (México)
19.Libido - Lo Último Que Hable Ayer (Peru)
20.Azevedo Silva - Tartaruga
21.Amaral - Estrella de Mar (Espanha)
22.Gepe - Gepinto (Chile)
23.Dead Combo - Vol. 1 (Portugal)
24.Andres Calamaro - La Lengua Popular (Argentina)
25.Los Amigos Invisibles - Super Pop Venezuela (Venezuela)

OS MELHORES ÁLBUNS INTERNACIONAIS DA DÉCADA

Strokes, com Is This It, o melhor da década sem heróis

Da Redação

Ao contrário de outras décadas, a lista de melhores dos 00-09, não traz praticamente nenhum disco muito acima da média coletiva, ao contrário, é marcada por uma certa homogeneidade. A exceção, levando em conta sua importância como definidor de sonoridade da década, é o disco de estréia “Is This It”, dos novaiorquinos The Strokes, lançado no início dos anos 2000. Arctic Monkeys, com “Whatever People Say I Am, That's What” I'm Not’, também pode ser incluido nessa pequena seleção de destaques além da média da produção dessa geração.

Nossa lista ainda traz alguns títulos que dificilmente serão vistos em outras seleções, como o único disco Lift To Experience, “The Texas-Jerusalen Crossroads”, um clássico apesar de pouco conhecido. Outros discos também devem aparecer somente por aqui, como “From a Basement on the Hill”, do cantor e compositor Elliott Smith, “Earth Quake Glue”, penúltimo álbum do Guided By Voices, e ainda o novo disco do Pearl Jam, “Backspacer”. Ou seja, como são todas as listas, a que segue abaixo também reflete o mix de gosto pessoal e coletivo, com nossa visão particular sobre o rock dessa década.

01.Strokes - Is This It
02.Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not
03.Radiohead - Kid A
04.The Walkmen - Everyone Who Pretended to Like Me Is Gone
05.Spoon - Girls Can Tell
06.The Delgados - The Great Eastern
07.At The Drive In – Relationship Of Command
08.PJ Harvey – Stories From the City, Stories From the Sea
09.Grandaddy - The Sophtware Slump
10.The Coral - The Invisible Invasion
11.Interpol - Turn on the Bright Lights
12.The Shins - Wincing The Night Way
13.Arcade Fire - Funeral
14.Elliott Smith - From a Basement on the Hill
15.The Flaming Lips – Yoshimi Battles The Pink Robots
16.Lift To Experience - The Texas-Jerusalen Crossroads
17.Sigur Rós - Ágætis Byrjun
18.Supergrass - Life On Other Planets
19.Nick Cave and The Bad Seeds - No More Shall We Part
20.Stephen Malkmus - Stephen Malkmus
21.Antony & The Johnsons - I Am Bird Now
22.Guided By Voices - Earth Quake Glue
23.Pearl Jam - Backspacer
24.The Queens of the Stone Age - Songs for the Deaf
25.Wilco - Yankee Hotel Foxtrot

OS MELHORES ÁLBUNS NACIONAIS DA DÉCADA

Os discos nacionais, ibero-americanos e internacionais mais importantes da década

* Fernando Rosa - editordo Site Senhor F

A cena independente nacional desta década pagou o preço da transição entre o advento das novas formas de produção e divulgação por meio da internet e a ruína da indústria fonográfica tradicional. No entanto, antes de perder-se em lamúrias, artistas e bandas foram à luta e deram início à construção de novas bases para a economia da música no país. O resultado é uma inédita plataforma de festivais organizada na ABRAFIN, selos como Monstro Discos, Senhor F Discos e midsummer madness records, entre outros, e uma rede de casas de shows.

O portal Senhor F acompanhou o desenvolvimento dessa cena desde sua criação em 1998, quando as coisas engatinhavam, ainda de forma centralizada em algumas capitais. Nesta década, centenas de demos, singles, eps e discos passaram pelo portal, muitos deles ganhando visibilidade a partir das matérias e resenhas em nossas páginas. Apesar das dificuldades, o acesso às novas tecnologias abriu as portas para produções profissionais e, ao mesmo tempo, livres do padrão incolor do mainstream, que destruiu muitas bandas.

Sem a pretensão de abranger o conjunto da produção musical jovem da década, nossa lista busca identificar aqueles discos, dentre os independentes, que mais aprofundaram a linha do rock nacional. Assim como as listas anteriores – internacional e ibero-americana -, os 25 títulos correspondem a um mix de gosto pessoal e coletivo, expressão de nossa linha editorial e importância histórica. Alguns clássicos como O Bloco do Eu Sozinho, outros obscuros como Os Pistoleiros e Prozak, ou surpreendentes como a novata Macaco Bong, mas todos presentes na memória emocional de nossa redação.

O Bloco do Eu Sozinho, dos cariocas Los Hermanos, é unanimidade, pela qualidade musical e poética, assim como pela postura de rompimento com o esquema formal da indústria e a defesa da arte e da criação antes de tudo. O disco homônimo dos alagoanos Mopho é um clássico de todos os tempos do rock nacional, espremido naqueles anos 2000 de indefinição entre o velho e novo. O disco da gaúcha Superguidis, com seu pop-sujo, guitarras excepcionais e poesia cotidiana, marcou a entrada em cena da juventude emergente das periferias nacionais, impulsionadas pelo acesso à informação.

O álbum Positivamente Mórbido, dos curitibanos Pelebrói Não Sei, é um achado do início da década, com seu surpreendente mix de punk rock e extrema qualidade poética, com letras sinceras e coladas no cotidiano da juventude da época. Os cuiabanos Macaco Bong, com seu disco Artista Igual Pedreiro, com inventidade e despojamento, afirmaram definitivamente o novo espírito “do it yourself” independente. Já o gaúcho Frank Jorge com seu Carteira Nacional de Apaixonado deu início a construção de uma sólida carreira solo, além da herança da Graforréia Xilarmônica.

A também gaúcha Cachorro Grande com o disco homônimo de estréia definiu boa parte da sonoridade do início da década, com hits explosivos em disco e palco, que transforam a banda em um dos destaques do rock nacional atual. A goiana Violins, com o quarto discos, A Redenção dos Corpos, reforçou a linguagem “indie” com uma obra marcada pela radicalidade musical, poética e existencial. A acreana Los Porongas, também com disco homônimo, introduziu na cena do Norte no caldeirão nacional, com grande qualidade instrumental e poética.

A brasiliense Prot(o), por sua vez, com seu auto-intitulado disco de estréia, demarcou um novo terreno para o rock local, à base de guitarras eletrizantes e letras tão estranhas quanto geniais. Também de Brasília, Beto Só com o segundo disco Dias Mais Tranquilos confirmou suas qualidades autorais em canções de extrema sensibilidade e emoção. A gaúcha Bidê ou Balde, com Se o Sexo é que Importa, só o Rock é sobre Amor!, também demarcou o terreno fértil do início da década, em hits divertidos e dançantes.

Após um bem recebido disco de estréia, a banda Volver lançou o segundo disco, Acima da Chuva, contendo uma coleção de canções que transformou o quarteto no grupo mais importante da nova geração do rock recifense e do país. O surpreendente disco dos brasilienses Suite Super Luxo, El Toro!, apesar de ilhado em sua cidade, é um dos grandes discos de sua geração e do rock independente nacional. Autoramas com Stress, Depressão e Síndrome de Pânico, destacando a guitarra de Gabriel Thomaz, também foi um dos marcos da nova cena independente nacional.

A cavaleiro do single Semáforo, os cuiabanos Vanguart lançaram um dos discos mais importantes da nova geração do rock independente brasileiro da segunda metade da década. Já os brasilienses Móveis Coloniais de Acaju firmaram-se na cena nacional com o disco de estréia, Idem, que catapultou a banda para todos os palcos do país. De Chapecó, Santa Catarina, os já lendários Repolho consolidaram sua carreira com o segundo disco, Vol 2, unindo ironia, inteligência e diversão, com diversas participações especiais.

A também brasiliense Phonopop com seu disco de estréia Já Não Há Tempo introduziu na cena independente a melodia clássica em canções com a urgência do power pop. A carioca Astromato, com o belo Melodias de Uma Estrela Falsa, lançado em 2000, fez a ponte entre o “indie’ dos anos noventa e a nova era independente. Tão obscuro quanto surpreendente, Reciclando Almas dos gaúchos Prozak, com ótimas guitarras e sonoridade outsider para os padrões do rock gaúcho tradicional, é um dos grandes discos “perdidos” da cena independente nacional.

Um Compêndio Lírico de Escárnio e Dor, dos goianos Réu e Condenado, é outra obra rara do rock independente desta década, com seu humor cortante e fino. Outro disco quase “perdido”, é o disco homônimo dos catarinenses Os Pistoleiros, ainda hoje a mais interessante experiência do folk rock nacional moderno. A paulista Os Gianoukas Papoulas, com Panorâmica, entregou para a cena independente uma bela coleção de canções refinadas. Por fim, a carioca Supercordas com Seres Vivos ao Redor resgatou a psicodelia nacional com qualidade autoral e instrumental.

01.Los Hermanos - O Bloco do Eu Sozinho (Abril Music/2001)
02.Mopho – Mopho (Baratos Afins/2000
03.Superguidis - Superguidis (Senhor F Discos/2006)
04.Pelebrói Não Sei – Positivamente Mórbido (Barulho Records/2000)
05.Macaco Bong - Artista Igual Pedreiro (Monstro Discos/Fora do Eixo/Trama Virtual/2008)
06.Frank Jorge - Carteira Nacional de Apaixonado (Barulhinho/2000)
07.Cachorro Grande - Cachorro Grande (Stop Records/2000)
08.Los Porongas - Los Porongas (Senhor F Discos/2007)
09.Prot(o) – Prot(o) (Monstro Discos/2003)
10.Bidê ou Balde – Se o Sexo é que Importa, só o Rock é sobre Amor! (Antidoto/Abril Music/2000)
11.Beto Só - Dias Mais Tranquilos (Senhor F Discos/2008)
12.Vanguart – Vanguart (OutraCoisa/2007)
13.Violins – A Redenção dos Corpos (Monstro Discos/2008)
14.Autoramas – Stress, Depressão e Síndrome de Pânico (Astronauta/2000)
15.Volver - Acima da Chuva (Senhor F/2008)
16.Os Pistoleiros - Os Pistoleiros (Low Tech Recs/2000)
17.Móveis Coloniais de Acaju – Idem (Independente/2007)
18.Repolho – Repolho 2 (Independente/2001)
19.Réu & Condenado – Um Compêndio Lírico de Escárnio e Dor (OutraCoisa/2004)
20.Phonopop – Já Não Há Tempo (T-Rec/2005)
21.Prozak – Reciclando Almas (Independente/2002)
22.Astromato - Melodias de uma estrela falsa (midssummer madness records/2000)
23.Suite Super Luxo – El Toro! (Protons/2005)
24.Os Gianoukas Papoulas – Panorâmica (Independente/Virtual/2006)
25.Supercordas - Seres Verdes ao Redor (Trombador/2006)

WANDER WILDINER - O PERSONAGEM DA DÉCADA

TEXTO EXTRAIDO DO SITE Wander Wilder, o personagem da década

* Fernando Rosa

A década de 2000-2009 não teve heróis, até porque o mundo cada vez menos precisa deles, como cantou o Superguidis em uma de suas canções. Mas, de exemplos de cidadãos comprometidos com determinadas causas, em nosso caso, a música, o país e o mundo continuam precisando cada vez mais. Para nós de Senhor F, o personagem desta década é o músico gaúcho Wander Wildner, por tudo que ele condensou musical, existencial e politicamente, em boa parte presente no DVD que acaba de lançar com a retrospectiva da carreira.

Alguns poucos artistas brasileiros apostaram tão profunda e honestamente no caminho independente como ele, sem perder-se em desvios retóricos ou nas falsas promessas do “mainstream”. Desde o final da década passada, o ex-Replicantes construiu uma sólida carreira solo, pensada, planejada e levada à prática com despojamento e, ao mesmo tempo, rigor estratégico. Passados dez anos, Wander Wildner deve ter tocado na maioria dos palcos independentes de centenas de cidades espalhadas pelo país.

Ao mesmo tempo, sem afastar-se de sua base “natal”, Porto Alegre, ele soube compreender as mudanças, ou as “não mudanças”, ocorridas em sua cidade, ex-meca do rock nacional. Talvez fruto de sua visão “nacional”, Wander Wildner é um dos músicos locais mais abertos aos novos grupos que surgiram pós-Graforréia Xilarmônica & geração anos 80/90. Apenas como exemplos, não por acaso foi ele quem “bancou” a entrada dos Superguidis em São Paulo, com show conjunto de lançamento do disco de estréia dos jovens – e desconhecidos - conterrâneos, em 2006, e regravou canções de grupos como Os Pistoleiros e Stuart.

Em vários momentos Wander Wildner teve o reconhecimento que merece como artista e cidadão do mundo, mas talvez um dos mais emocionantes tenha sido durante o festival Abril Pro Rock, em 2008. Acompanhado por músicos gaúchos e pernambucanos, ele fez o público dançar seu punk-brega como se fossem arretados frevos carnavalescos. Foi o melhor show daquele ano, comprovando a universalidade de sua obra que, fossem outros tempos, teria várias de suas músicas transformadas - mais amplamente - em hinos dessa geração.

Ao vivo, no Abril Pro Rock (2008)

Cinco fatos que marcaram a década

1.Fundação da Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes)
2.Políticas públicas do Ministério da Cultura (apoio a festivais independentes, Vale-Cultura, etc)
3.Intercâmbio musical entre os países ibero-americanos, por meio da plataforma independente
4.Lançamento do disco O Bloco do Eu Sozinho e mudança na relação com a indústria fonográfica
5.Afirmação de selos independentes, como Monstro, Senhor F e midsummer madness

* Fernando Rosa é editor de Senhor F.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SHOW DA BANDA HEREDITÁRIOS

Olá moçada...
Para quem conhece e curte o som da banda sobralense
Hereditários, essa é a grande oportunidade de ver
os caras tocando ao vivo.
Pois sexta-feira(amanhã) vai rolar um show deles
no teatro São joão a partir das sete horas da noite.
Para que não conheçe a banda, eles tem um álbum lançado
com músicas autorais no estilo Rock Pop oitentista,
além de tocarem os clássicos do Rock Nacional e da Gringa,
dos anos 80, 90 e hits de bandas atuais.
Vale à pena dá uma conferida, pois quem conhece sabe que
é diversão garantida.
É nós...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FESTIVAL PONTO - CE 2011

Nos dias 04 e 05 de novembro rolou aqui em Fortaleza-CE o festival que buscou reunir música, dança e audio-visual, o Ponto Ce. Oferecendo um leque de atrações da cena nacional, o festival foi super bem acolhido pelo publico e fãs que foram prestigiar seus ídolos.

No dia 04 de novembro, particularmente, fui para ver o show da banda baiana Vivendo do Ócio, que mesclou seu set list entre as clássicas de seu primeiro álbum, Nem Sempre Tão Normal, e três músicas inéditas de seu proximo disco. O show foi curto, afinal festivais exigem uma certa corrida contra o tempo, mas os meninos animaram bastante, fazendo com que o publico literalmente, como se diz na Bahia, tirasse os pés do chão!

Foi a primeira vez que os baianos tocaram em Fortaleza e não fizeram feio. Os caras marcaram presença e fizeram o que eles sabem fazer de melhor, falar de bebidas, mulheres e fazer rock’n’roll!



O segundo dia de shows, dia 05 de novembro, foi mais agitado pois muitas das bandas eram ansiosamente aguardadas pelo público cearense, como a Vespas Mandarinas, Sugar Kane, Mundo Livre S/A e a estréia da nova banda do ex- Switch Stance, Maurílio Fernandes, Rocca Vegas.

Vespas Mandarinas foi a terceira banda a se apresentar na noite, após os shows das bandas Lavage e Oscar, ambas aqui do Ceará. O show do Vespas fez correr para perto do palco quem estava sentado nas arquibancadas da Praça Verde do Dragão do Mar, envolvendo a todos que estavam no festival. As músicas possuem bastante pegada, melodias que não saem da cabeça e o velho rock’ n roll que nos faz balançar. O novo projeto do Chuck e cia veio realmente para ficar e quem estava presente sentiu isso de uma maneira indescritível.

Logo após teve o show da banda do paraense Madame Satan que trouxe peso e fez a galera bater cabeça durante o show, com seu Hard Rock Regional. Em seguida foi a vez da estreante Rocca Vegas que com uma produção de nível finíssimo, animou e fez todo mundo pular durante sua apresentação. A banda mescla os efeitos eletrônicos mixados por um DJ, o que dá um toque totalmente dançante, com o peso das guitarras em seus refrões que não saem da mente. Com certeza esse foi o primeiro de muitos shows que irão por vir.

A penúltima banda da noite foi a paranaense Sugar Kane e esse show com certeza ficará na memória das pessoas durante um bom tempo, pois assim que o show começou uma multidão se aglomerou na frente do palco e quando os primeiros acordes foram tocados não demorou muito tempo para uma roda se abrir. O show foi punk e nostálgico, pois os caras tocaram muitas de suas musicas antigas, músicas que embalou a pré-adolescência de muita gente. Mais uma vez os músicos do Sugar Kane fizeram bonito por aqui.



A última banda da noite foi a Mundo Livre S/A, remanescente da cena Mangue Beat e fazendo um crossover de Rock com Samba ao estilo Jorge Bemjor, botou todo mundo pra dançar . Tirando o fato de que eles chegaram atrasados no evento, atrasando todo o festival, o show foi bastante intenso e eles não deixaram a desejar.
Saímos todos de alma lavada após tomarmos um porre homérico de música de altíssima qualidade.
Com tantas bandas legais na cena independente e com tantos festivais fora do eixo
Rio/São Paulo, quem precisa de bandinhas mainstream.
Eu tô fora...Salve a música independente...

MELHORES DE 2011

Estamos avançando pelo segundo semestre. As tradicionais listas de melhores discos do ano ainda estão distantes, mas alguns já despontam como favoritos. Enquanto outros chegam sem muito impacto, mas quando nos damos conta já é o nosso favorito.

Segue uma lista com alguns discos nacionais que destaco (em uma próxima coluna teremos a lista dos internacionais). É importante citar que algumas novidades surgiram essa semana: o Vanguart liberou para audição via facebook seu novo trabalho, “Boa Parte De Mim Vai Embora”; Erasmo Carlos lançou seu novo disco, “Sexo”; e o CSS também liberou para audição seu terceiro álbum, “La Liberación”.

Vamos à lista:



Nó Na Orelha – Criolo: Recebido com certa comoção pela crítica, o disco tem colecionado resenhas positivas e muitos elogios às apresentações ao vivo. A sonoridade tem um pé fincado no rap, nem tanto pelas rimas (que convivem harmoniosamente com boas melodias), mas sim pela estética e crítica social. Além disso há pitadas de reggae, música africana e tantos outros ritmos. Tudo com timbres refinados e produção cuidadosa.

Ouça: Não Existe Amor Em SP

O Segundo Depois Do Silêncio – Los Porongas: Em seu segundo disco, a banda acreana se mostra muita mais segura e ousada. As letras, muito bem elaboradas saltam aos ouvidos, mas o som não fica atrás. A base é rock, mas com espaço para bons arranjos de metais, experimentalismos e belas melodias. O disco, no geral, é um tanto denso, o lado pop é um pouco tímido, mas o resultado é grandioso.

Ouça: Silêncio

Canções De Apartamento – Cícero Lins: Já lembrado aqui nessa coluna, Cícero Lins lançou um daqueles discos que chega sem muito alarde. As canções são sutis, mas com personalidade. Canções de Apartamento é o disco que o Marcelo Camelo deveria ter lançado ao invés do irregular “Toque Dela”.

Ouça: João e o Pé De Feijão

Mono Maçã – Lê Almeida: Lê Almeida é um músico carioca que já gravou dezenas de músicas no esquema mais caseiro possível. Seguindo a estética lo-fi, Mono Maçã tem 23 músicas, algumas não chegam a 1 minuto. As guitarras sujas envolvem melodias tão grudentas que é quase impossível não se pegar diversas vezes cantarolando um verso ou mesmo um riff.

Ouça: Transporpirações



O Direito De Ser Nada – Violins: O Violins é uma banda de Goiânia com bastante tempo de estrada. Nesse sexto disco eles ainda não conseguiram superar seu melhor trabalho, “Tribunal Surdo”, mas é superior ao disco do ano passado, “Greve Das Navalhas. O som está mais enxuto que no trabalho anterior, mas o talento para melodias grandiosas e angustiantes continua intacto.

Ouça: Rumo de Tudo

Segue uma pequena lista (mais uma) com mais disco nacionais já lançados esse ano:

A Maré Nenhuma – Nuda
Chico – Chico Buarque
Clímax – Marina Lima
Comic Sans – Driving Music
Doozicabraba e a Revolucao Silenciosa – Emicida
Eu Sou do Tempo Que a Gente Se Telefonava – Bluebell
Humanish – Humanish
Memórias Luso Africanas – Gui Amabis
O Destino Vestido de Noiva – Fábio Góes
Odiosa Natureza Humana – Matanza
Que Isso Fique Entre Nós – Pélico
Seiva – Rancore
Skylab X – Rogério Skylab
Sonhando Devagar – Kassin
Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa – Anelis Assumpção
Stinkin Like a Brazilian – Rubinho Troll
The Baggios – The Baggios
Toque Dela – Marcelo Camelo
Tropical Splash – Copacabana Club
Um Futuro Inteiro – Bonifrate
Um Labirinto Em Cada Pé – Rômulo Fróes
Volume 3 – Mopho

HISTÓRIA DA MPB - MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em nossa terra, as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas européias. Também contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais.

Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se desenvolvendo e aumentando demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu, de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e erudita.

Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão européia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas carnavalescas da história.

Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria o samba. Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e rodas de capoeira com os pagodes e as batidas em homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a participação, principalmente de mulatos e negros ex-escravos. O ano de 1917 é um marco, pois Ernesto dos Santos, o Donga, compõe o primeiro samba que se tem notícia : Pelo Telefone. Neste mesmo ano, aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor da MPB do início do século XIX.

Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e compositores : Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da música popular brasileira : Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.

Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.

Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor. Destacam-se neste contexto musical : Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela Maria e Caubi Peixoto.

Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.

A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.

Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo acontece com DJavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner ( ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor.

Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.

A HISTÓRIA DO PUNK ROCK

O punk rock surgiu em meados da década de 1970, mas já é possível achar bandas que faziam algo bem próximo já na década de 1960, como os Stooges (faziam músicas simples e tinham atitudes destrutivas, uma característica punk) e o MC5 (primeira banda a juntar agressividade musical com idéias políticas, outra característica típica do punk), ambas as bandas de Detroit e formadas no final dos anos 60. E antes disso, em 1965, o The Sonics fazia algo muito próximo do punk rock, em termos sonoros. Vale a pena citar também o Velvet Underground, outra banda que influenciou bastante a "primeira geração" punk.

Já nos anos 70, mais precisamente em 1971, foi formado o New York Dolls, e em 1974, o The Dictators, que já eram praticamente punk rock, tanto nas atitudes como no som. Nos anos 70 também começaram a surgir várias bandas por Detroit e Nova Iorque que tocavam em bares locais. Desses bares, destaca-se o CBGB, lugar onde tocavam os Ramones, Talking Heads, Patti Smith, Television, Richard Hell and the Voidoids, The Cramps, Blondie, Dead Boys e muitas outras.

Começava então a surgir, desse pequeno grupo de bandas, o movimento punk.


Em 1976, os Ramones lançaram seu primeiro disco, auto-intitulado, pela Sire Records. O disco tinha 14 músicas e 29 minutos de duração. As músicas e as letras eram simplissímas, e a velocidade das músicas era apavorante para aquela época. O álbum recebeu poucas, porém boas críticas. O álbum acabou não sendo grande sucesso de vendas, mas os jovens que compraram formariam suas bandas depois.

Na Inglaterra o álbum foi muito bem recebido pelos jovens, que na sua maioria montaram suas próprias bandas, influenciadas pelos Ramones e por outras bandas de garage rock e glam rock. Dentre essas bandas estavam os The Zounds, Sex Pistols, The Clash, The Damned, Wire, U.K. Subs e inúmeras outras. Na Irlanda, Bélgica, Alemanha e na França e também na Austrália, também começaram a surgir várias bandas punks. Nos Estados Unidos surgiam também algumas bandas, como os Germs, F-Word, Avengers, Dead Kennedys, The Weirdos, entre outras.
Sex Pistols, durante uma reunião em 2007.

1977 foi o ano mais marcante da história do punk rock. Saíram inúmeros compactos, surgiam inúmeras bandas (principalmente na Inglaterra e na Irlanda), e também foi o ano em que saiu o primeiro disco do Clash (auto-intitulado), Never Mind the Bollocks do Sex Pistols, Leave Home e Rocket to Russia dos Ramones (esse último considerado por muitos o melhor disco dos Ramones), Live Kicks do U.K. Subs, Pink Flag do Wire, Rattus Norvergicus do The Stranglers e vários outros discos marcantes na história do punk. Em 1978 o punk estava "meio que saindo de moda", mas isso não impediu em nada de ótimos álbuns serem lançados e ótimas bandas surgirem. Desse ano são os clássicos Crossing the Red Sea dos Adverts, o primeiro disco do Members, At Chelsea Night Club, Germ Free Adolescents do X-Ray Spex, e outros.


Já em 1979, o punk rock tinha "sumido do mapa". A maioria das bandas acabava, ou então mudava de rumo (a maioria migrava para o New Wave, que era uma versão mais "açucarada" do estilo e mais comercialmente viável), mas é desse ano que são os clássicos London Calling do Clash e o primeiro disco de estúdio do U.K. Subs, o Inflamabble Material do Stiff Little Fingers, e também nesse ano que o hardcore começava a surgir, nos Estados Unidos.

VOLVER - RECIFE

Volver é uma banda pernambucana de indie rock formada em 2003, composta atualmente por Bruno Souto (vocal e guitarras), Zeca Viana (bateria, vocais), Kleber Croccia (guitarra, vocais) e Fernando Barreto (baixo, vocais).
O primeiro single dos pernambucanos foi a belíssima "Você que Pediu", que já foi capaz de mostrar todo o potencial e originalidade dos caras. O primeiro disco saiu dois anos depois pela "Senhor F Discos", entitulado "Canções Perdidas Num Canto Qualquer". Sucesso no público e na crítica, o disco foi eleito "O Melhor do Ano" pelo site espanhol "Power Pop Action".
As canções quase sempre remetem ao rock sessentista, com um toque de power pop da mesma época e uma bela pitada do indie rock contemporâneo. As letras são fortes e inteligentes, que somadas às belas melodias, criam uma atmosfera única e impressionante.
Certamente uma das melhores bandas do Novo Rock Brasil, que mais do que apenas ouvir é altamente recomendável que se aprecie cuidadosamente.
Bandas assim eu não recomendo; apenas digo: OBRIGATÓRIO pra todo e qualquer fã do rock; e claro, falo do rock de verdade.




Banda: Volver
Álbum: Acima da Chuva - 2008

Segundo disco da banda pernambucana Volver, gravado no Estúdio Mister Mouse, lançado no ano passado.
Ainda mais aclamado que o primeiro, foi eleito o segundo melhor disco de rock pelo jornal Correio Braziliense.
As canções estão mais bem trabalhadas e maduras, deixando de lado um pouco o tom de urgência do primeiro disco, o que consolida de vez a banda na cena independente nacional.
Destaque para as canções "Pra Deus Implorar", "A Sorte", "Acima da Chuva" e "Dia Azul".

01. Pra Deus Implorar
02. Dispenso
03. A Sorte
04. Não Sei Dançar
05. Natural
06. Tão Perto, Tão Certo
07. Acima da Chuva
08. Dia Azul
09. Coração Atonal
10. Clarice
11. Despedida em Seis por Oito

PÚBLICA - PORTO ALEGRE

Banda: Pública
Álbum: Como num filme sem um fim - 2009

Segundo e mais recente álbum da magnífica banda gaúcha Pública.
A banda que havia lançado o disco "Polaris" em 2006 (disco este elogiado pela crítica da Rolling Stone brasileira), agora aposta numa pegada um pouco mais "pop" em "Como num filme sem um fim".
De modo geral, a banda se mostra mais madura, com melodias muito bem trabalhadas e reforça as influências de bandas como Radiohead e The Smiths.
O álbum contém 11 músicas, iniciando com a brilhante "Quarto das Armas", além dos singles "Casa Abandonada" (que por sinal possui um videoclipe espetacular), "1996", "Há Dez Anos ou Mais" e "Como num filme sem um fim".
Excelente disco, muito mais que recomendado.

01. Quarto das armas
02. 1996
03. Canção de exílio
04. Casa abandonada
05. Vozes
06. Sessão da tarde
07. Há dez anos ou mais
08. Como num filme sem um fim
09. Último andar
10. Justiceiro
11. Luzes

MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU -BRASÍLIA

Banda: Móveis Coloniais de Acaju
Álbum: Móveis Coloniais de Acaju - 2001

Certamente você já ouviu o nome desta banda. Móveis Coloniais de Acaju é uma banda que mistura diversos estilos, como o rock, ska e um toque de MPB, formada desde 98, em Brasília.
O curioso nome da banda é baseado em um evento histórico fictício: um suposto conflito unindo índios e portugueses contra os ingleses na Ilha do Bananal.
Este é o EP de estréia da banda, lançado em 2001, de forma totalmente independente.

01. Sr. Inácio Péricles não sabia surfar
02. Swing I
03. Eunascicomfama
04. Ervilha
05. Swing II (Aka ié ié jump)
06. Raul

NOVO ROCK BRASIL

Conheça agora algumas das melhores bandas da
atual cena do Rock Brazuca...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

FESTIVAL SE RASGUM 2011 - BELÉM- PA

Programação:

Sexta 18/11 (Salão B)


Eddie (PE)
Bidê ou Balde (RS)
Leoni (RJ) e Suzana Flag (PA)
Caixa Casarão Cultural (PA)
Projeto Charmoso (PA)

Sábado 19/11 (Salão B / Hangar 1):


Lobão (RJ)
Gang do Eletro (PA)
El Cuarteto de Nos (URU)
De Falla (RS)
Juca Culatra & Cristal Reggae (PA)
Totonho e os Cabra (PB/RJ)
Babilaka Bah (MG)
Maquine (PA)
Pirucaba Jazz (PA)

Domingo 20/11 (Salão B / Hangar 1):


Marcelo Jeneci (SP)
Mallu Magalhães (SP)
Mestre Vieira (PA) & Catatau (SP)
Laurentino e os Cascudos (PA)
Arraial do Pavulagem (PA)
Fusile (MG)
Vinil Laranja (PA)
Antcorpus (PA)

Além da programação do festival, fique ligado: Mais de 20 atrações! Palestras, oficinas, Pocket Shows, Workshops, debates e muito mais!

FESTIVAL DO SOL 2011 - NATAL-RN

SEXTA, DIA 04 DE NOVEMBRO (Festa de Abertura)
Centro Cultural Dosol (Para Convidados e promoções)
23h – Discotecagem Rock
24h – General Junkie (RN) – Gravação do cd/dvd ao vivo

SÁBADO, DIA 05 DE NOVEMBRO
Rua Chile, Ribeira (R$20,00)
15h30 – HEY APPLE (RN)
16h – DESSITUADOS (RN)
16h30 – PLANANT (RN)
17h – INFLAMÁVEIS (RN)
17h30 – O SONSO (CE)
18h – TOKYO SAVANNAH (SP)
18h30 – HELLBENDERS (GO)
19h – VENICE UNDER WATER (RN)
19h30 – SATAN DEALERS (ARG)
20h – GLOOM (GO)
20h30 – VIVENDO DO ÓCIO (BA)
21h – RINOCERONTE (RS)
21h30 – CANASTRA (RJ)
22h10 – CAMARONES ORQUESTRA GUITARRISTICA (RN)
22h40 – DUSOUTO (RN)
23h20 – DO AMOR (RJ)
24h20 – TULIPA RUIZ (SP)
01h – TALMA&GADELHA (RN)
01h30 – BNEGÃO & SELETORES DE FREQUÊNCIA (RJ)

DOMINGO, 06 DE NOVEMBRO
Rua Chile, Ribeira (R$20,00)
15h30 – ANTISKIEUMORRA (RN)
16h – LOS COSTELETAS FLAMEJANTES (RN)
16h30 – SUNSET BOULEVARD (RN)
17h – CONQUEST FOR DEATH (EUA)
17h30 – MADAME SAATAN (PA)
18h – HILLBILLY RAWHIDE (PR)
18h30 – GUACHASS (URUGUAI)
19h – MONSTER COYOTE (RN)
19h30 – VIOLATOR (DF)
20h – SANCTIFIER (RN)
20h30 – KRISIUN (RS)
21h30 – GALINHA PRETA (DF)
22h – DEAD FISH (ES)

BLOG DE MÚSICA HOMINIS CANIDAE

http://www.hominiscanidae.org/
Segue o lick do blog hominis canidae,
um dos sites mais completos em termos de musica
brasileira contemporânea.
Cola lá meu.Faça sua parte...Que tal?

BREGA ROCK - DICAS DO ROGER INDIE

Você saca Brega-Rock? Não? Então eu te dou o mapa
da mina.
Brega-Rock é a fusão de Rock Psicodélico e Rock Progressivo
com a autêntica música brega dos anos 70, de cantores como Odaí
José, José Ribeiro, Waldick Soriano,Jenival Santos, Abílio Farias,
dentre tantos outros.
É um estilo de Rock Alternativo, que tem como principal expoente
a banda fortalezense Cidadão Instigado, liderada pelo carismático
Fernando Catatau.
Alem da Cidadão Instigado, temos Nervoso e os Calmantes, Pélico, Wander
Wildiner, Cérebro Eletrônico, Otto, Academiada Berlinda, Do Amor,e até
Arnaldo Antunes mais recentemente.
É Rock Brasileiro feito por artistas acima da média, que estão mudando
a cara do Pop Tupiniquim.Se você é daquelas pessoas que não suorta mais
a mesmice que nos é imposta pela grande mídia, não perca tempo e vá conhecer
os trabalhos dessa galera que faz música com seriedade e que faz a diferença
pra melhor.

BANDA LOS PORONGAS

Los Porongas é uma banda de Indie Rock acreana formada desde 2003, composta por Diogo Soares (voz), João Eduardo (guitarra), Márcio Magrão (baixo) e Jorge Anzol (bateria).
O termo "Poronga" significa uma luminária artesanal feita de alumínio que funciona a base de querosene. Bem, a originalidade dos caras não fica apenas no nome da banda: em 2005 eles lançam o demo, chamado "Enquanto Uns Dormem", contendo oito faixas. Belos riffs, adoráveis melodias e letras de dar inveja; Los Porongas já começava a despertar a atenção na cena nacional. Em pouco tempo, a banda dividia o palco com bandas já renomadas da cena independente e já se destacava em veículos como a Folha de São Paulo e Programa Auto-Falante.
Em 2007, a banda lança seu primeiro disco pelo selo Senhor F, homônimo, contendo 11 faixas.
Uma verdadeira obra-prima, que merece ser ouvida atenciosamente, pois mostra todo o potencial desta íncrivel banda. Obrigatório para todo fã do bom rock nacional.




Banda: Los Porongas
Álbum: Los Porongas - 2007

01. Espelho de Narciso
02. Lego de Palavras
03. Nada Além
04. Enquanto Uns Dormem
05. Tudo ao Contrário
06. Não Há
07. Subvertigem
08. Suspeito de Si
09. O Escudo
10. Como o Sol
11. Ao Cruzeiro

BANDA CARTOLAS

Cartolas é uma banda gaúcha de indie rock, formada em 2003.
Com melodias muito bem trabalhadas e letras que misturam sarcasmo e uma certa "seriedade enrustida", os caras andam conquistando cada vez mais espaço na cena nacional.
Em 2005, venceram o festival "Claro que é Rock" e em 2008 fizeram uma bela apresentação no Planeta Atlântida, o maior festival de música do sul.




Banda: Cartolas
Álbum: Original de Fábrica - 2007

"Original de Fábrica" é o primeiro álbum da banda, lançado em 2007 com produção de Carlos Eduardo Miranda, Tomás Magno Batista e Cartolas.

01. Sujeito Boa Praça
02. Cara de Vilão
03. O Rabugento
04. O House do Melão
05. Garota
06. Original de Fábrica
07. Que Diabos Tu Tem Dentro da Cabeça?
08. As Mil Garupas
09. Acusações Baratas
10. Os Ratos
11. Se Puder

BANDA CHARME CHULO

Charme Chulo - Charme Chulo (2005)
17 de junho de 2009


Charme Chulo é uma banda paranaense que faz um rock'n'roll oitentista mesclado com a música caipira. Esta mistura já surpreendeu a muitos logo no primeiro trabalho, o EP "Você sabe muito bem onde eu estou", lançado em 2004.
O primeiro disco oficial da banda, homônio, foi lançado em abril de 2007 e conta com duas regravações do primeiro EP e mais 10 faixas inéditas. Destaque para "Mazzaropi incriminado", a animadíssima "Piada Cruel", o grande hit "Não deixa a vida te levar" e a melancólica "Geada no seu coração".
Com letras bonitas e complexas, juntamente com toda a atitude e criatividade única, Charme Chulo é, com certeza, uma das bandas mais criativas da cena nacional. Um som diferente, ímpar, brilhante.
Se ainda não conhece, baixe o disco agora e salve seu dia!



Banda: Charme Chulo
Álbum: Charme Chulo - 2005

01. Mazzaropi incriminado
02. A caminho das luzes essa noite
03. Polaca azeda
04. Piada cruel
05. Amor de boteco
06. Não deixa a vida te levar
07. Apaixonante na tristeza
08. Romaria dos desvalidos
09. Solito a reinar
10. Intriga de cinco pessoas
11. Barretos
12. Geada no seu coração

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A ORIGEM DO ROCK E AS TRIBOS URBANAS

O rock é um dos estilos musicais mais tocados e mais ouvidos em todo o mundo. Boa parte dos clássicos da música são de bandas de rock. O que muita gente não sabe é que o rock tem muitas vertentes diferentes. E para cada vertente há pessoas que adaptam o ritmo ao seus estilos de vida. Por isso, hoje nós vamos falar um pouco sobre algumas dessas tribos.

Para começar, o que é rock?

Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no rock and roll e rockabilly que emergiram e se definiram nos Estados Unidos.

O rock teve influências do blues, country, folk, gospel, jazz e até da música clássica. Todas estas influências foram combinadas em uma simples estrutura musical, baseada no blues que era rápido, dançável e pegajoso. Em sua “forma pura “, o rock tem três acordes, um forte e insistente contratempo e uma melodia cativante.

Os principais subgêneros do rock

No final dos década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu diferentes subgêneros, como o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock. Na década de 1970 , gerou uma série de outros subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo. E na década de 1990, os subgêneros criados foram o grunge, o britpop e o indie rock.

Que tribos são essas?

São muitas para citarmos todas, mas selecionamos três vertentes do rock para falar um pouco do estilo dos grupos de pessoas que costumam ouvir esses sons .

Grunge
rock grungeO estilo nasceu em Seatle, EUA, com bandas como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden, Silverchair. Os fãs desta tribo costumam andar totalmente descompostos , usam calções abaixo dos joelhos, camisas de flanela quadriculadas, tênis sujos, calças rasgadas. Eles defendem “o feio, o pobre, o sujo”, em oposição ao glamour.

Heavy metal
Heavy metalHeadbanger, metalhead ou metaleiros são termos utilizados para designar um fã do estilo musical heavy metal. A tribo surgiu no final da década de 60 e bandas como Faith No More, HIM, KISS, Cradle Of Filth, marcaram o estilo. Os adeptos dessa tribo costumam abusar do estilo chamado de old school, composto de casaco de gangue, camiseta preta de banda ou não, calças de gangue, acessórios opcionais como cinto, braceletes e pulseiras e tênis alto, geralmente branco. Em épocas frias, casacos de couro também fazem parte do vestuário.

Rock jazz e Rock blues
rock bluesA tribo dos Mods pode representar bem os fãs desses estilos musicais. Eles ouviam ainda Soul, Ska jamaicano e rhythm and blues. O símbolo usado pelo movimento Mod é originário da pop art, e foi baseado no símbolo usado nos aviões da RAF durante a Segunda Guerra Mundial. A tribo nasceu em Londes no final da década de 50, a partir de bandas como Small Faces, The Who e The Yardbirds. A principal característica da tribo é o moderno, eles queriam estar por dentro de tudo que fosse moda. Utilizavam tipicamente scooters como meio de transporte, normalmente das marcas Lambretta ou Vespa. A vida social urbana dos adeptos era impulsionada, em parte, por anfetaminas.

INDIE ROCK

Indie!Rock : Significa , História e Subgêneros


Indie rock (ou "rock independente" em português) é um gênero musical surgido no Reino Unido e Estados Unidos durante a década de 1980. É enraizado em gêneros mais antigos, como o rock alternativo, o pós-punk e o new wave. O termo é frequentemente utilizado para descrever os meios de produção e distribuição de música underground independente e dissociada de grandes gravadoras, assim como o estilo musical a utilizar originalmente este meio de produção.
Artistas de indie rock são conhecidos por fazerem questão de manter controle completo de sua música e carreira, lançando álbuns por gravadoras independentes (empresas por vezes fundadas e gerenciadas pelos próprios artistas) e baseando toda a divulgação de seu trabalho em turnês, rádios independentes e, mais atualmente, na internet.

História :
No Reino Unido, as paradas musicais indie vêm sendo compiladas desde o início da década de 1980. Inicialmente ela tratava de bandas que emergiram do punk e outras formas alternativas do rock. Tais bandas eram caracterizadas meramente por lançarem álbuns por pequenas gravadoras, independente da cena musical em vigor. Apesar disso, o termo indie começou a ser associado com o estilo de rock alternativo baseado majoritariamente em guitarras que dominava a parada, particularmente artistas de indie pop como Aztec Camera e Orange Juice, o movimento C86 e os artistas da Sarah Records. As bandas que marcaram o estilo na década de 1980 foram The Smiths, the Stone Roses e The Jesus and Mary Chain, Happy Mondays, My Bloody Valentine que influenciaram diretamente os movimentos alternativos de rock da década de 1990 como o shoegaze e o britpop. De fato, é bastante comum para os britânicos denominarem qualquer forma alternativa de música como indie ao invés de alternativo.
Nos Estados Unidos, a música normalmente denominada indie rock descende da cena de rock alternativo influenciada pelo punk rock e hardcore da década de 1970 e início dos anos 1980. Nos anos 80 o termo indie rock foi particularmente associado à bandas com som forte e distorcido como Hüsker Dü, Dinosaur Jr., Pixies, Sonic Youth e Big Black. Durante a primeira metade da década de 1990, o rock alternativo liderado por bandas do movimento grunge como Nirvana e Pearl Jam explodiram para o público geral, alcançando sucesso comercial. Logo após o gênero alternativo tornou-se comercializável, atraindo grandes gravadoras a investirem em formas pró-comerciais com um apelo conservador (retrô).
Com isso, o significado da denominação alternativo mudou de sua forma original, uma contra-cultura, para uma cultura comercialmente bem sucedida e apelativa ao grande público, enquanto o termo indie rock passou a denominar bandas e gêneros que permaneceram na cena "underground".

Subgêneros :

Baroque pop: Um folk rock estilo anos 60 misturado com o experimentalismo, como por exemplo, a inclusão de uma orquestra na música. (ex: Arcade Fire, Fiona Apple, Tori Amos e The Decemberists)

Britpop: Estilo que mistura quase toda a história do rock britânico. Desde a British Invasion (Rolling Stones, Small Faces etc), passando por bandas de Punk Rock como Buzzcocks e Wire, até chegar em Stone Roses e Happy Mondays, é por isso que varias bandas desse estilo são bastante diversificadas e "ecléticas". (ex: Supergrass, Blur, Franz Ferdinand, Oasis e Pulp)

Disco punk: Mistura perfeita da New Wave com o Punk Rock, adicionando às vezes um pouco de Funk dos anos 70. (ex: LCD Soundsystem, !!!, Out Hud, Radio 4 e Rapture)

Dunedin Sound: Um tipo de Indie Pop diferenciado, ele usa guitarras "jingly-jangly", baixo repetitivo e algumas vezes bateria. Algumas bandas de Punk Rock já usaram esse tipo de estilo. (ex: Superette, Garageland, The Bats e 3Ds)

Indie Pop: Enon, Blonde Redhead, Blood Red Shoes, Liam Finn, Les Savy Fav, The Hush Sound

Garage rock revival: com som de "rock and roll" dos anos 60, a maioria das bandas que são desse subgênero tem um grande influência do Delta Blues. (ex: Strokes, Von Bondies, White Stripes e Eagles Of Death Metal)

Madchester: Estilo que misturava Indie Rock, Dance Music e Pop Psicodélico. Graças ao estilo, várias bandas do Britpop foram formadas. As letras do estilo eram muito influenciadadas pelas drogas sintéticas (que eram novidade na época). (ex: Happy Mondays, Stone Roses,The Inspiral Carpets e A Guy Called Gerald)

Math rock: Mistura riffs dissonantes e batidas diferentes (7/8. 11/8 ou 13/8 por exemplo). O Math Rock é um estilo realmente complexo fundindo o Rock, Metal, Progressivo e até mesmo Punk. (ex: Don Caballero, 1.6 Band, Bellini, Creedle, Braid, Inlantic, The Jesus Lizard e Surrogat)

Indie folk: Um revival do folk dos anos 60 com elementos do indie rock. (ex. Beirut, Kings Of Convenience, Neutral Milk Hotel, Devendra Banhart, The Decemberists)
Noise pop: Mistura a atitude do Punk Rock com noise, ecos e várias outras características bastante encontradas no universo Pop dos anos 80. (ex: The Jesus and Mary Chain)

Post-punk revival: O estilo mistura as guitarras do Punk,"riffs" vindo de bandas como Television e Gang Of Four, os teclados da New Wave, algumas vezes Eletrônica. Tudo isso criado através de uma "melodia" Pós Punk. (ex. Bloc Party, Franz Ferdinand,Futureheads e Interpol)

Post-rock: Estilo amplamente alternativo que mistura Rock e Jazz flertando a Eletrônica, tudo isso num clima Ambient (ex. Tortoise, A Silver Mt. Zion, Do Make Say Think e Fly Pan Am)

Slowcore (ou Sadcore): Rock Alternativo com batidas lentas e letras tristes, se confunde muito com o Indie do final dos anos 80. (ex: (Smog), Low, Galaxie 500, Bedhead e Pedro the Lion)

Twee pop: Mistura doces melodias e doces letras. A sonoridade é a partir de guitarras leves, vocais femininos e, às vezes, instrumentos de criança. (ex. Camera Obscura, Belle & Sebastian, The Flaming Lips, Architecture In Helsinki, Tully Craft e Girls in Hawaii)